Ou eu engulo o mundo,ou o mundo me engole Ou eu mergulho fundo, ou o tempo encolhe. Ou eu pinto os cabelos e viro um feio com cor Ou deixo a vida pintar e viro um lindo senhor O filho diz ser ateu, e virou fã do Caetano. Andava aos beijo com Elis hoje só anda com Hermanos E agradeça a Deus por viver nesse engano Ao menos nossos Zumbis tem cheiro de ser humano As margens da Brasil a atração do ano Uma queria ser atriz O sonho ficou na esquina Na vez de respirar “CAL” Inalou crakes e cocaína Eta país estranho É um livro sem autor De tantas páginas em branco Parece que nem começou Vou ver o sol nascer e de quebra Vou ver de pego uma cor Não se preocupe com o fim do mundo Porque aqui ainda nem começou Ou eu mergulho fundo, ou o mundo me engole. Ou eu engulo o mundo ou o tempo encolhe Ou vibro Gandhi ou Guevara, mande ou Marighela. Ou abdico do mundo e me enterro na favela Vozes negras se levantam E ecoam pela Baia São abafados por incríveis 12 meses de folia Melhor sorrir e dar tchau como o artista do ano Ou ser um de verdade e ter o próprio plano Se filiar a um partido e ser palhaço federal Ou se mascarar de V e explodir a capital A falsa prosperidade Quem só assiste esquece Jorra dinheiro em Brasília E falta água no nordeste