Meus dias são banais Sempre tão iguais E hoje tanto faz Se me levam Mar adentro ou para o cais São janelas fechadas Pea tranca da desilusão Não importa o que há lá fora Pois os dias de quem chora Carecem de razão São grãos de areia Escorrendo pelo vão das mãos Mas, eu conservo meu sorriso E me engano, pois preciso Dissimular para sobreviver Eu canto pra esconder Que tenho o peito a soluçar Pra que ninguém possa dizer Que teve pena do meu padecer Ninguém condena o que não pode ver