Lá vem trovoada Não é brincadeira Mais uma estrela em nossa bandeira Clara mineira guerreira No altar do samba é a luz Que ilumina Madureira e Oswaldo Cruz Clareou o berço da diversidade Onde a comunidade se faz mais feliz No coreto, tempos atrás, o moderno criou raiz Minha escola pioneira desbravou as trilhas do amanhã E pra matar a saudade Traz a brasilidade da filha de Ogum com Iansã Do interior das gerais de riquezas culturais Viu traçado seu destino Projetou divina voz Desatou todos os nós e findou seu desatino Um belo horizonte se fez E quem era de um lugar ganhou logo o infinito O seu canto ecoou no ar E o mundo foi trilhar Pra torná-lo mais bonito Ogunhê, meu pai Ogum Epahey, ó, bela Oyá Saravá ilê, ilê saravá A águia acolheu a sabiá Alegre e mestiça, do ritmo, rainha Motumbá, madrinha da sentinela Seu nome é recanto de poesia, da majestosa Portela O coração portelense sabe Que aquele cantar não se calou Com modernidade, a claridade se eternizou