O dia vai raiar, amor, amor Com a Viradouro eu vou, eu vou, eu vou Meu canto de amor se espalha no ar Quinhentos anos vamos festejar Na era medieval começa o meu Carnaval No paraíso eu me vesti de branco E no martírio eterno, o vermelho é meu manto Navegando ao Oriente, Seu Cabral O Jardim das Delícias descobriu Seu Caminha escreveu o que ele viu Maravilhas do Brasil Bordunas, tacapes e Ajarés Na dança o índio põe ao seus pés Mas nascem ideias diversas, são mentes perversas Não foi essa a lição dos pajés Ire, ire, pra agba yê O negro canta, o negro dança em liberdade Ire, ire, pra agba yê Pra agba yê, felicidade Bem longe daqui, na festa da coroação O negro africano, nos seus desenganos Desfaz-se dos planos, pro branco explorar Preso nas correntes da vida São marcas que jamais esquecerá Mas o tempo passou e a felicidade eu vejo brotar Na luz da esperança, há paz e alegria Pro Rei do universo abençoar