Um Par de ases negros, um par de oito negros Carregava em sua mão Sabia essa jogada, era amaldiçoada Um blefe sem perdão E aquilo que queria acontecia durante o dia Ou a noite em qualquer estação Um fantasma do passado, seu espírito depenado E aquilo que, aquilo que temia então Ele andava por aí pelas cidades afora Procurando encrenca, jogando a vida fora Nada que fazia resultava em algo bom A sua filosofia era ser o Pior Oh a mão do homem morto Buscando em encruzilhadas, encarando qualquer parada Noite afora, noite adentro o que viesse era roubada E aquilo que queria acontecia durante o dia Mas ele não podia não Oh a mão do homem morto E o que queria procurava em cada esquina Ele segue a sua vida sem pensar no amanhã Vai a cada hora, a cada passo a cada escolha Não tem medo de nada pois ele quer se livrar Da sua escuridão Não há fuga pra você, não há fuga Nesse dia ele chegou, na sua segurança ele não pensou Um lugar em que nada o ameaçava Ele se descuidou e foi o que aconteceu Oh a mão do homem morto