Tenho um cavalo Pintado coiceiro e manoteador Quando eu saio aos domingos neste pingo escarceador Meu pala vira bandeira hasteada no corredor Meu pala vira bandeira hasteada no corredor Tranqueia se atravessando Como quem vai pra um bochincho Solta fumaça nas ventas Crinudo e meio colincho Mais bonito, meu parceiro Do que um ovo de pelincho Mais bonito, meu parceiro Do que um ovo de pelincho Lembro o primeiro galope Credo em cruz, quase que morro Saiu destorcendo o basto No meio de dez cachorros Juntei nos garfo e o maula roncava Que era um bizorro Juntei nos garfo e o maula roncava Que era um bizorro Não tenho querência certa Sou irmão do canto do galo Moro em riba do meu basto No lombo do meu cavalo Não tenho querência certa Sou irmão do canto do galo Moro em riba do meu basto No lombo do meu cavalo Se vou nele noite adentro Uma oração manda no ar Bombeando para o infinito Dá vontade de rezar Sentindo o cheiro da terra E ouvindo o vento chorar Sentindo o cheiro da terra E ouvindo o vento chorar Cruzo ao tranco pelos ranchos Com o Sol apontando a quincha Um galo canta no oitão Alguém espia na frincha Eu abro o peito na estrada E o meu cavalo relincha Eu abro o peito na estrada E o meu cavalo relincha Quando este cavalo relincha Que coisa linda, parceiro Numa simbiose terrunha Me vejo outra vez guerreiro De lança em punho e clima ao vento Atrás de um clarim campeiro De lança em punho e clima ao vento Atrás de um clarim campeiro Não tenho querência certa Sou irmão do canto do galo Moro em riba do meu basto No lombo do meu cavalo Não tenho querência certa Sou irmão do canto do galo Moro em riba do meu basto No lombo do meu cavalo Não tenho querência certa Sou irmão do canto do galo Moro em riba do meu basto No lombo do meu cavalo Não tenho querência certa Sou irmão do canto do galo Moro em riba do meu basto No lombo do meu cavalo Moro em riba do meu basto No lombo do meu cavalo Moro em riba do meu basto No lombo do meu cavalo