Dentro de mim, há um rio enfrentando os desafios Que a própria vida ensinou Sou taura destas barrancas de água e espumas brancas Que o Rio Grande demarcou Vou palanqueando a verdade entre enchentes de saudade Repletas de telurismo A minha voz é a do povo que planto sempre de novo No coração do atavismo Trago a verdade de um pai, balseiro deste Uruguai Que a história faz renascer À grito de sapucay, que com as águas, se vai Pra alma de um chamamé Trago a verdade de um pai, balseiro deste Uruguai Que a história faz renascer À grito de sapucay, que com as águas, se vai Pra alma de um chamamé Sou quebra desses confins onde a tristeza tem fim Nos braços de uma potranca E o Sol, que me viu nascer, faz ser ciência o saber Pra cada filho da pampa Tenho trazido comigo a dádiva dos amigos No calendário do peito Sou barranqueiro e campeiro deste meu sul brasileiro Raiz de um canto direito Trago a verdade de um pai, balseiro deste Uruguai Que a história faz renascer À grito de sapucay, que com as águas, se vai Pra alma de um chamamé Trago a verdade de um pai, balseiro deste Uruguai Que a história faz renascer À grito de sapucay, que com as águas, se vai Pra alma de um chamamé