Sou peao de estancia Tenho orgulho do que faco Sou desses tauras Criado bem ao rigor Me agrada muito O tilintar das chilenas E as cantilenas dos flecos do tirador Aquerenciado nos bolichos de campanha Gosto da canha E do pano verde estendido Dum bom churrasco E de ouvir o toque de gaita Pra bater casco Num galpao de chao batido De campo e mato Criado la nas bibocas E destrinchado na lida de castracao Gosto da farra Pra gastar o taco da bota Numa vaneira macota Num surungo de galpao Sou meio xucro Temperado no minuano Jeito aragano De quem nasceu la pra fora Eu nao me prendo Com esta vida da cidade Minha liberdade E na roseta da espora Enforquilhado num ventena Eu me sustento Gastando o tempo Em rodeio e camperiada Pra ser feliz Me basta o lombo do cavalo E um bailezito Pra dancar ate a madrugada De campo e mato...