Vanera d etoda gaita que nasceu engarupada Desta planura esverdeada entre a prima e a bordona A tristeza temporona se entrevera na fumaça Quando a alma da nossa raça dá um bufido na cordeona. No arrasta-pé dessa marca um espora cantadeira Se vai levantando poeira na silhueta do camdeeiro Enquanto isso o gaiteiro campaeando nota por nota Repica o taco da bota nesse embalo missioneiro. Vanera de toda gaita crioula do nosso chão Te escuto e vejo o redomão bufando lá na mangueira E uma égua caborteira rincha chamando o potrilho Vejo lá longe o meu filho falquejando uma vanera. Fui criado no teu lombo e no teu lombo faço visita Pois a minha alma entristecida pra pelear a solidão Se apaga aqui neste chão dessa terra colorada Vira alegria e risada nesta gaita de botão.