Desde os primórdios dos tempos Que o gaúcho é evidência Peleando e batendo casco Em tudo quanto é querência Jamais fugiu do perigo E no maior entreveiro Desbravou terra e tempo Com destemor de pioneiro Teve um santo braço forte O Tiarajú missioneiro Que disse esta terra tem dono E morreu como um cavaleiro Foi Dom Cid El Campeador Eternizando um momento Foi Quixote de La Mancha Contra mil moinhos de vento Foi Rei Arthur na Inglaterra Sua espada, a história fez Excalibur e abriu-se as portas Para este centauro inglês Foi Genghis Khan, o guerreiro Foi Napoleão Bonaparte Búfallo Bill, planiceiro E rei Inca, um estandarte Este é o gaúcho que era, que é e ainda será E só vai deixar de ser se um dia o mundo acabar Foi Navajo, foi Comanche Foi Asteca e chefe Apache Foi um Pajé guarani E cavaleiro do apalache Foi um Cossaco das estepes Foi Che Guevara valente É o clarim da liberdade Acordando a alma da gente Foi um cavaleiro cowboy Num rodeio texano Um boiadeiro paulista E o Martim Fierro paisano Este é o gaúcho que era, que é e ainda será E só vai deixar de ser se um dia o mundo acabar Foi Califa dos desertos, peninsular paladino Vive onde está a verdade e é pantaneiro e bebuíno Este é o gaúcho que era, que é e ainda será E só vai deixar de ser se um dia o mundo acabar Este é o gaúcho que era, que é e ainda será E só vai deixar de ser se um dia o mundo acabar