Fui domar uma potrada lá na Estância dos Três Tento Lidando com aporreados, tirei um lote de tempo Aos golpes com um baio ruano, eu quase que me arrebento Veiaqueava se arrodeando, parecia um cata-vento Era um baio caborteiro que ninguém parava em cima De massaroca na cola, pisando na própria crina Quando atado no palanque, bufa, dá coice, se empina E lidar com aporreados, Deus velho me deu de sina Sou campeiro do Rio Grande Coragem tenho de sobra E se eu ando de a cavalo Não é por medo das cobra' Te prepara, baio ruano, porque chegou tua hora Encilhe com corda forte e rezei pra Nossa Senhora As ferramentas da lida é uma guaxa e um par de espora' E com as mortalhas que eu uso, matungo não vai se embora Botei o pé no estribo, alcei a perna pra montar Gritou a dona da estância, tu não vai se lastimar Depois de eu sentar no basto, nem que o mundo se arrebente Eu não apeio do lombo nem me atirando água quente Corcoveou a tarde inteira e não pôde me derrubar É mais um que eu deixei manso pra qualquer chinoca andar Corcoveou a tarde inteira e não pôde me derrubar É mais um que eu deixei manso pra qualquer chinoca andar Te prepara, baio ruano, porque chegou tua hora Encilhe com corda forte e rezei pra Nossa Senhora As ferramentas da lida é uma guaxa e um par de espora' E com as mortalhas que eu uso, matungo não vai se embora Botei o pé no estribo, alcei a perna pra montar Gritou a dona da estância, tu não vai se lastimar Depois de eu sentar no basto, nem que o mundo se arrebente Eu não apeio do lombo nem me atirando água quente Corcoveou a tarde inteira e não pôde me derrubar É mais um que eu deixei manso pra qualquer chinoca andar Corcoveou a tarde inteira e não pôde me derrubar É mais um que eu deixei manso pra qualquer chinoca andar