Mulheres! Mulheres, são tantas, são tantos São frias, são frágeis, são sim! Mulheres, vazias, musas, poesias Delicadas Marias, abusam de mim! Mulheres, iguais, difíceis, manhosas, dolosas Pérfidas, matreiras, mulheres fagueiras, maltrapilhas, guerreiras! Mulheres de pano, de fino tecido, de poucos e bons motivos De linho ou algodão, de chita barata, de salto ou não! Mulheres graúdas, magrelas ou obtusas Mulheres gostosas, singelas, fogosas, mulheres das ruas Dos cais, belas Genis! Mulheres perfumadas - benditas, companhias perfeitas Fadas de três encantos Donzelas - acariciando meus ais Me passando suas línguas Seus feitiços banais! Mulheres do mundo, dos pântanos, dos seringais Das planícies, dos pampas Dos confins, das caatingas, das Bahias, das Gerais Mulheres que amo, que enaltecem meu ânimo Que enriquecem meus anos Que povoam meus sonhos Com seus olhos risonhos Que preenchem o vazio Que espantam o sombrio Só com o som no dom de sorrir E desatam o nó de todo nosso porvir!