No dedilhado dessa melodia Tenho a alegria de poder cantar O que do peito ouço ecoar Poeta eu sou mas nem tão só Pois um instrumento me acompanha E em minhas cantigas ele não se acanha Vivendo e cantando a vida Trago no meu matulão Ensaios da despedida A chegada e a partida O sonho e o violão Um breve aceno da mão Guardo o rastro da espera Do que ainda desconheço Mas que me atrai e libera O meu canto em meu avesso Com o porvir por endereço Vou sacudindo este pó Vou esquecendo o cansaço Vou controlar o compasso Do meu coração em dó Não vou me sentir tão só Já que tenho um companheiro De acorde conselheiro!