Nessa vida quase nada me preocupa tanto quanto A decadência do sistema la no alto do planalto Sobressalto algumas coisas que reforçam o meu pranto Acalanto da memória, estória para boi dormir Com seus discursos demagôgos, não convencem mais ninguém Com sua gana pela grana, eles não valem um vintém Também pudera, o alto clero, nada limpo, nada belo Em seu castelo de promessas só enxerga o que convém E fala bem, suas palavras não são ditas ao acaso Vocifera moralmente, como mente, descarado Prognóstico de culpa, ta na testa, carimbado Em seu legado, só miséria, sofrimento e ilusão Corrupção, sangue bom, é a lição, Que o cuzão do deputado vai deixar pra quem quiser Usar de exemplo, um exemplo nada bom Banalizando a sociedade aos poucos passa a tolerar Quanto mais você tolera, mais a coisa prolifera Nada bela e a fachada do sorriso da favela Da miséria ao desperdício, tão propícia é a cegueira Deflagrada pelas luzes da tv no domingão O vilão ta disfarçado de herói da resistência Incoerência na mensagem, sem caráter na ação O cidadão é resultado da política do estado Definhando claramente a estrutura da nação E gasta a grana com alguma coisa que seja real Pois o combate é uma mentira, e o problema é social E bem ou mal, ninguém merece, o rabo cresce e fica preso Nas correntes da propina e da dissimulação