De moto nova e agora mais potente, dá pra carregar mais gente, dessa vez vou me arrumar, banco de couro, preto com um bagajeiro, não se pode vacilar, com a moto velha avalie como aprontava, as desculpas esfarrapadas, dessa vez vão aumentar, não tem dinheiro pra consertar o chuveiro, me diga seu trambiqueiro, como a moto vai pagar, olhe benzinho quem me afiançou, Tião filho de Zé doutor, comprou a moto pra mim, dei de entrada a moto velha e um violão, tu não se apoquente não, que no final vai dar certinho, seu descarado metido a trabalhador, essa moto que comprou mais parece um avião, né permitido levar só um passageiro, quem era aquele terceiro, que acenava com a mão, era um biquinho que no caminho eu peguei, pois a moto que comprei, tem noventa prestação, tô apertado quase não dá pra pagar, mulher para de brigar, tu tá querendo confusão, hoje biquinho é a palavra safadeza, deixa de sem vergonheza, eu não sou mais besta não, tu não me engana já sei a sua qual é, dá carona pras muié, só pra dizer que é machão, vem cá benzinho amor deixe de besteira, deixa de ser fofoqueira, tu sabe a minha qual é, eu tô cansado, tô querendo descansar, amanhã quando acordar, vou te dar o que tu quer, seu cara lisa já sei a tua qual é, quer ser macho mas não é, nem no couro não dar mais, só chega em casa liso, bebo e sem dinheiro, tu se liga motoqueiro, eu não tô aguentando mais.