Axé Matamba, salve o povo de Angola Sou Rainha Ginga, guerreira quilombola Herança que ficou e sempre vai reinar Na Oceânica, cultura popular O céu relampejou Energia dos meus ancestrais Meu solo africano é feiticeiro Abre caminho no banho vermelho Sou sangue jaga, mensageira da paz Assim me tornei dona do fogo Senhora da espada de ouro Aquela que amou pra se fortalecer E novas terras conquistar Na liberdade de um novo amanhecer Me vesti de peles e dentes, dancei Bebi do sacrifício dos viventes, lutei Contra a ambição do opressor Quem é soberana não terá senhor Lágrimas de saudade Singraram no tenebroso mar Os negros escravizados Me eternizaram em seu cantar E toda vez que o tambor rufar Na cerimônia de coroação Cada irmão irá lembrar Nossa senhora vai abençoar cada coração Mãos calejadas, suor no rosto Vão renascer na arte do povo Na mais bela miscigenação