Vulgo

Sobrevivendo à Queda

Vulgo


Esquecer
O que te faz temer
E a esperança
Libertar

Ele viu que a vida era muito mais
Enxergou o seu objetivo no infinito
Fez parte do ciclo, não percebeu
Caiu na estrada da escuridão

Conheceu o mundo e vivenciou
Viu flores desabrocharem, flores murchar
Esperou o sol nascer, conheceu o por-do-sol
Leu os livros, se civilizou e percebeu

Que as palavras podem ser interpretadas
Alguns as usam pra se aproveitar
Conheceu um circo chamado vida
Onde os malabares esperam o sinal fechar

Comprou a sua casa e murou o seu jardim
O medo te fez prisioneiro e não conseguiu mais viver

Tirou os documentos virou um cidadão
E o objetivo infinito ficou pra depois
Passou a apenas viver, deitou e não pode sonhar
Escravo até aposentar, dormiu e esqueceu de acordar

Viveu. Morreu. Inexistiu.