Via expressa afonso pena guajajaras Amazonas Seus prédios arranha céus nas favelas barracos de lonas Morro das pedras vítima dos descuido você viu o dilúvio Que afogou o versículo bíblico nas enxurradas com os entulhos Meteorologia sonegada fiscalização banalizada A defesa civil mas só reage depois que desaba É senhor antônio seis filhos no caixão é doloroso Restou as angústias com a falta de socorro Quem mora em barracos ou menos se depender de Prefeituras ou estado morrem ali no sono Sem realizar nas promessas de luta não muda Prioridade pros pobres que correm riscos nas chuvas O depoimento de um garoto Felipe lutou feito um herói Felipe agora estava morto Soterramentos barraco destruído pessoas desabrigadas Mortos feridos, pessoas soterradas, o resgate não para Mas que triste estou angustiado Quanta amargura, ver vários irmãos Descendo à sepultura Cadê as autoridades mano que loucura Sei que favela é nóis eu vou lutar pra vencer Eu vou pagar pra ver e você pode crer Sei que favela é nóis eu vou lutar pra vencer Eu vou lutar pra vencer Bem vindos ao mundo do crime A fúria das águas o preconceito da elite A favela de madeira devastada pelo fogo As enxurradas que descem devastando os morro Que deixa meu povo abatidos numa sensação de impotência A catástrofe poderia ser evitada se não fosse A insuficiência daquele engenheiro que foi chicoteado pela língua Um culpado era tudo que a defesa civil queria Põe as contas na mesa do governador E se sobrar uma merreca inclui os carnês de sr antonio moro As chuvas vêm as pancada os deslizamentos não para Os resgates feito manual os bombeiros suplicam de raiva Cavam com as mãos todos veem suas lágrimas A resistência dos moradores dali, não sair a indecisão, frustração Não terem pra onde ir Campanhas de agasalhos abrigos superlotados Um grito de alerta na voz de um líder comunitário Vai sai dae, sai dai sae, sai Mas que triste estou angustiado Quanta amargura, ver vários irmãos Descendo à sepultura Cadê as autoridades mano que loucura Sei que favela é nóis eu vou lutar pra vencer Eu vou pagar pra ver e você pode crer Sei que favela é nóis eu vou lutar pra vencer Eu vou lutar pra vencer Os corpos vão chegando ao iml de bh rapidamente Tem que ser reconhecidos pelos parentes Para não serem enterrados como indigentes, vou lhes falar Um pedaço de nós foi enterrado com felipe vou chorar, por dentro Porque minha voz não pode calar Se eu tivesse a visão de raio x o poder de voar pra te salvar Eu tirava os playboy do belvedere e sei lá Colocava a favela no lugar e pá Todo depoimento tem suas contradições, lamentações Mas uma me chocou real testemunha das inundações Um simples moleque sobrevivente lamentou pelo amigo ausente Diz que Deus põe tudo em seu lugar e agora a hora é de seguir em frente Meu amiguinho nosso destino foi o pai que escreveu Os ricos é que são culpados pela tragédia que aconteceu Hospital são 23 cemitério da saudade Bem vindos ao crime nóis aqui é de passagem Mas que triste estou angustiado Quanta amargura, ver vários irmãos Descendo à sepultura Cadê as autoridades mano que loucura Sei que favela é nóis eu vou lutar pra vencer Eu vou pagar pra ver e você pode crer Sei que favela é nóis eu vou lutar pra vencer Eu vou lutar pra vencer Por mais um ano, tijolo por tijolo Por mais um ano, dignidade Por mais um ano, paz, saúde