Maiochiru konayuki ga Yama no se wo shiroku someru Sabireta mura no abaraya de Futari, mi wo yoseau fuyu no yoru 「Deatta hi mo, yuki datta」 Anata ga hohoemi tsubuyaku Iroribi ni hotetta kao wo Ooki na sode no kage ni kakushita Haru no otozure wo Ibuki no yorokobi saezuru Tori-tachi to utau 「Kirei na koe da ne」to anata ga itta Tada sore ga, sono kotoba ga, ureshikute 「Itsuka, kirei na koe ga denakunattemo Soredemo watashi wo aishitekuremasuka?」 「Atarimae da yo」tte yasashiku warai Sotto ooki na te ga hoho wo nadeta Aoba teru natsu no gogo Anata ga yamai ni taoreta Mazushii meoto kurashi de ha Anata wo naosu kusuri ha kaenai Akuru hi mo akuru hi mo Tada, hitasura ni hata wo oru Hakanaki no momiji no ha no youni Anata no inochi wo chirase ha shinai Kisetsu ha nagarete Natsu no owari wo tsugeru Suzumushi ga rin to naku 「Kirei na yubi da ne」to kizu darake no te wo nigiru, sono te ga Amari nimo tsumetakute 「Itsuka kirei na yubi ga nakunattemo Soredemo watashi wo aishitekuremasuka?」 「Atarimae da yo」tte sekikomi nagara Itamu yubi wo ooki na te ga tsutsunda Hiru mo yoru mo hata wo oritsudzukete Hayaku hayaku, kusuri wo kawanakereba Mou sukoshi, ato sukoshi, momiji ga chiru mae ni Kono yubi ga tomaru made kono hane ga, tsukiru made Aa rakujitsu no kaze Mujou ni kuchiteiku mi no Tomoshibi wo yurashi otosu Itsuka, watashi ga hito janaku nattemo Anata ha, watashi wo aishitekuremasuka? Kowakute shinjitsu ha tsugerarenu mama Sotto hitori, saigo no hane wo ori Atarimae da yo」tte boku ha warai Tsubasa wo nakushita kimi wo dakishime, itta Kirei ni habataita ano hi no tsuru wo Zutto, imademo oboeteiru yo Soshite kawarazu kimi wo aishiteiru yo A poderosa neve desce esvoaçante Colorindo a cordilheira de branco Ambos dentro de uma casa periclitante, em um povoado inóspito Abraçados juntos em uma noite de inverno "Também nevava no dia em que nos conhecemos" Murmuraste com um sorriso E eu escondo meu rosto rubicundo À sombra de tua manga longa Com um golpe de alegria Cantei pela chegada da primavera Junto ao cantar das aves "Tua voz é maravilhosa", disseste-me E só isso, só essas palavras, fizeram-me tão feliz "Se algum dia deixar eu de ter essa maravilhosa voz Seguirás, ainda assim, amando-me?" "Claro", disseste sorrindo gentilmente Enquanto tua mão, tão grande, acariciava minha bochecha Uma folha iluminada pela tarde de verão Tu caíste enfermo Nossa pobre vida de casados Não pude conseguir o remédio para te curar No dia seguinte, e nos que o sucederam Não fiz mais que tecer Não deixarei que tua vida Caia como as folhas do outono As estações fluem O final do verão era marcado Pelo gorjeio choroso das cigarras "Teus dedos são maravilhosos", disseste-me, tomando minhas mãos cobertas de feridas Mas as tuas estavam muito mais geladas "Se algum dia deixar eu de ter esses maravilhosos dedos Seguirás, ainda assim, amando-me?" "Claro", disseste tossindo Enquanto tuas mãos, tão grandes, acariciavam meus feridos dedos Dia e noite, não pare de tecer Rápido, rápido, tenho de comprar o remédio Só um pouco mais, antes que o outono se vá Até que estes dedos não se movam, até que estas plumas se consumam Ah, a brisa do entardecer A chama da fruta podre oscila Até que se apague "Se algum dia deixar eu de ser humana Seguirás amando-me?" A verdade que temia não podia ser contada Suavemente arranco a última pluma que faltava "Claro", disseste sorrindo Prometi abraçar-te quando perdera suas asas E esta gruta que belamente foi dada em fuga esse dia Nunca a esqueci, sigo dela lembrando, até agora E, bem como sempre, amo-te