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Machi Tsudzuketa Tegami

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Chisana koro oya ni sute rare  umi no mieru minashigo-in de sodatta
yashinatte kureta no wa  toshioita shuudou on'na

Kanojo wa totemo yasashikute  itsumo nikoniko wara~teta
Tatoe mazushii seikatsu demo  bokura o min'na shiawasedatta

Yagate kanojo wa yamai ni fushi  ten'nimesareru-bi ga chikadzuita
Kanojo no makuramoto de  bokura wa kou itta:

"Koko made sodatete kureta  anata ni ongaeshi ga shitai
Don'na mucha demo kamawanai  nanika negai wanaidesu ka?"

Kanojo wa nikori to hohoemi  kon'nafuuni kotae kita:

"Watashi wa zutto matte iru. Tegami no henji o matte iru
wakakatta ano hi ni dashita  todoita ka dou ka mo wakaranai tegami o
Moshimo negai ga kanaunara  moshimo tsumi ga yurusa rerunara
ano tegami no henji ga hoshii  sore o matte iru"

"Kanae rareru hazu mo nai negai  dou ka wasurete to" kanojo warau
Kanojo no dashita tegam i dare ni okutta monona no ka?
Bokura wa min'na de tewake shite  kunijuu o sagashite mawatta
soshite kanojo no kako o shiru  gaka no roujin o mitsuketa

Roujin ga kataru shinjitsu:

"Kanojo wa katsute hito o koroshita  ouko no hito ga fukou ni nari  ouko no hito ga namida o nagashita
Tegami o okutta aite wa  mou konoyo ni wa inai hito  henji ga kuru koto wanai."

Soredemo kanojo wa matsu nodaru  sono mi ga kuchihateta no demo
Kitto kanojo wa matsu nodarou  henji ga kuru made

Tsuini sonotoki wa yattekita  kanojo no shougai wa makuwotojiru
Boku wa kanojo no te no naka  ichi-mai no youhishi o watasu

Sore wa boku ga kinoo kaita  itsuwari no tegami no henji
Kanojo wa sore o hitomemiru to  saigo ni "arigato" to itta

Kieteiku kanashiki negai  itsumodoori no ano egao
Tsumi ni kidzuku no wa itsudatte  subete owatta no

Abandonado por meus pais quando ainda era pequeno, fui criado em um orfanato com vista para o mar,
Onde quem cuidava de nós era uma velha freira.

Ela era extremamente bondosa, e estava sempre com um sorriso no rosto.
Mesmo vivendo em meio à pobreza, nós todos éramos muito felizes.

Tempos depois, ela ficou doente, e o dia de sua morte ia se aproximando.
Juntos à sua cabeceira, nós dissemos:

"Você nos criou durante muito, muito tempo, e gostaríamos de lhe retribuir.
Não importa o quão absurdo for; há algo que deseje?"

Ela sorriu para nós e nos deu esta resposta:

"Eu tenho esperado por tanto tempo. Esperado pela resposta da carta
Que mandei na época em que ainda era muito jovem. Gostaria, pelo menos, de saber se ela chegou ou não.
Se meu desejo realmente se realizar... Se meus pecados realmente foram perdoados...
... então continuarei à espera da desejada resposta daquela carta.

"Se meu desejo não se cumpriu, então podem esquecer", ela gargalhou.
Para quem será que era a carta que ela enviou?
Todo mundo se separou, e fomos procurar ao redor do país inteiro,
Até que achamos um velho pintor que sabia sobre o passado dela.

O velho nos contou a verdade:

"Ela uma vez chegou a matar muita gente; entregou várias pessoas à infelicidade e fez outras inúmeras derramarem suas lágrimas.
A pessoa para quem ela escreveu a carta já não se encontra entre nós, logo, a resposta jamais chegará."

Mesmo assim, ela continuará a esperar, ainda que seu corpo apodreça.
Sim, ela certamente continuará à espera da resposta, até que ela chegue.

A hora enfim chegou; sua vida está prestes a terminar.
Eu coloquei na mão dela um pedaço de pergaminho.

Eu escrevi aquilo ali ontem; uma falsa resposta para a sua carta.
Ela lançou-lhe um olhar e, no último instante, disse "Obrigada".

O triste desejo sumiu aos poucos, enquanto ela sorria, como sempre.
Nós só soubemos de seus crimes quando tudo já estava acabado.