Me olho no espelho Me sinto velho Olho dentro de mim mesmo Bem no fundo de mim mesmo Me sinto novo Passando por cima dos meus princípios Abdicando dos meus vícios e todas as leis Um coração de pedra com a batida por minuto Eu sou agrave, profundo Mas quem eu serei? O que será Que vai vir aqui pra resolver? Com a pedra e a estaca na mão Na outra, escrito a minha condenação Minhas mentiras, verdades, erros e acertos Os meus favores ao chão Minha bondade à beira do mal Choque direto no lobo frontal Ah, eu sei, irmão Não vai confirmar nossa previsão Vem pra cá me dar a mão Que vai confirmar nossa previsão Seria um crime, tudo em vão, a gente se arrancar assim da vida Já que as alegrias são maiores que as feridas Para nos redimir, revitalizar Você vai ver de lá Se eu gostar, se eu quiser o quê Outra vez, tudo de vez, sorte ou revés Se eu chamar e se eu gritar Sinal de fumaça Pra nos distrair, telepatizar Você vai ver de lá Vestígios de nós em todo lugar Você vai lembrar, nossa guerra já acabou Nossa redenção equaliza a alma e o coração E o que somos nós? O que ficou de nós?