Vitorino

Maio

Vitorino


Maio, malmequeres amarelos 
Tarde quente cheira a erva 
Não me importa mal passado 
Se te encontro de manhã 
Maio de pão mole d´oiro 
Canto do cio das perdizes 
Em cada ano que nasce, 
Engrossa o tronco e as raízes 
Do tojo que pica a flor 
Da estêva que tanto amarga... 

Enche-se a vida de Maio 
Quando luz está no astro 
Olhos d´águia para te ver 
Nas ondas verdes do campo 
Firma mais as azinheiras 
Maio das brigas e das guerras 
Não deixes ninguém levar-me 
Maio das papoilas vermelhas 
Para longe da minha terra