Serrinha Do verde da mata e da minha bandeira Solo sagrado de Madureira Fonte de raça da nossa raiz Gente de Angola, Congo e Moçambique Que vivia em pau-a-pique E assim como eu, foi feliz! Se plantar com fé, vai colher E o sangue africano, vencer Era um preto velho que vinha me dizer O rei banto tem poder Festa no fundo de quintal Uma roda ao som de caxambus e candongueiros Na palma da mão, a magia Do jongo da Tia Maria Eu dançava a noite inteira até o dia clarear E o mercado na ladeira ouvia o meu cantar A estiva, a resistência O poder do negro, a vitória No morro a consciência Prazer que ficou na memória Festejo de santo no terreiro Salve ogum guerreiro, meu protetor Fruto de paz e de batalha Na casa de Dona Eulália Nasce o meu grande amor E eu parti desse cenário de beleza Mas vejo com muita clareza A força do imperiano A arte e a cultura que mantêm a chama acesa Eu canto com o Império Serrano Lá láláláiá Uma nova aquarela me despertou Lá láláláiá Serrinha um caso de amor