Se nós soçobramos sobre os nossos passos e se já esquecemos para onde vamos, passemos de vez, passemos de vez as barreiras altas que a inércia fez. Insistentemente, desde que avançamos, acena de longe a nossa esperança. Indica o caminho, indica o caminho direito à terra que nós procuramos. E se os nossos passos vão desencontrados pela discordância de orientações, saibamos vencer, saibamos vencer corrigindo sempre nossas intenções. Façamos caminho por entre as nações, a terra inteira temos por destino, porque toda a gente, porque toda a gente junta os seus passos no mesmo caminho. Lenta caminhada sem esmorecimentos, é pelos desvios que mais nos cansamos, até já erguemos, até já erguemos cidades de espera onde descansamos. Suavizando o esforço desta caminhada, uma estátua de ouro também elevámos; já repudiámos, já repudiámos a cidade em festa que nós propusemos. Já se avistam perto os montes mais altos da terra onde emana o leite e o mel; façamos a festa, façamos a festa que avistar a terra já é alegria.