Não espere que eu fale só de estrelas Ou do vinho feliz que eu não tomei Porque fora de mim não levo além da sombra Uma camisa velha E dentro do peito um balde de canções Uma gota de amor no útero de uma abelha Não repare se eu não frequento clube Dos que sugam sangue das ovelhas O amargo mel dessa colmeia É que eu já vivo Tão pimenta tão petróleo Que se você acende os olhos Ah me incendeia É que eu já vivo tão pimenta tão petróleo Que se você acende os olhos Me encendeia Hoje em dia pra gente amar de vera É preciso ser quase um alquimista Ou talvez um maquinista do trem da consciência Pra te amar com tanta calma E com tanta violência Que a tua alma fique toda ensanguentada de vivência Que a tua alma fique toda ensanguentada de vivência