Sua alma Gela Só de olhar aquela mina Pedida em pensamentos Em alerta nas esquinas Neblina de fumaça que exala do cachimbo Deixando sua mente Doente e sem destino Encara de frente Qualquer um na sua quebrada Não teme a ninguém Pois só anda alucinada De esquina a esquina Já montou guerrilha Embrenhada nos arbustos, igual ave de rapina Só anda marchando Rapidinho cavalgando Cabelo emaranhado Com os olhos estalando Chinelo de dedo E camisa no umbigo Pensamento distante Calculando os perigos Só pensa em alcançar seu próximo objetivo Na base do cachimbo repousar mais um suspiro Até hoje ela aguarda Uma luz do fim do túnel Que ilumine sua vida Lhe dando um futuro Frenética à mil ela é fogo no pavio Sua mente febril ninguém me viu Frenética à mil ela é fogo no pavio Sua mente febril ninguém me viu Emboscada tá armada A sena desenhada Caminhando na calçada A mulher cai na tocaia A fita consumada A mulher desesperada Enquanto seu cachimbo Conquistou sua paulada Mesmo com família ela prefere estar na rua Destruindo sua vida pelas vilas escuras A procura de bituca Pra base do cachimbo Nem percebe que está indo Pra beira do abismo E o tempo vai passando Você se questionando Com a sena degradante Que vão se multiplicando Cabo emaranhado Com seu olhos estalando Agora anda triste Cansada é mancando Judiada é bem mais frágil Não anda mais marchando Passa o dia na calçada Sentada só chorando Sua alma gela só de olhar aquela mina Perdida em pensamentos Definhando nas esquinas Frenética à mil ela é fogo Sua mente febril Ninguém me viu Frenética à mil ela é fogo no pavio Sua mente febril ninguém me viu Mês de agosto Tudo igual Cabelo emaranhado nós da tchau Muito frio, menos três graus Cabelo emaranhado nós da tchau tchau