De cabeça baixa lá segue o seu caminho Nunca tem ninguém, anda sempre sozinho Para toda a gente parece que é transparente Não faz falta e por isso não está presente Gordo, caixa de óculos, desdentado, meia-dose Rodas baixas, trinca-espinhas, cabeçudo! Coitado do zé Já ouviu de tudo Zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Está tudo bem É só um zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Está tudo bem É só um zé ninguém Debaixo da ponte embrulhado em jornais Sobrevive da esmola de quem tem mais No palco da vida sempre atrás da cortina Encostado à sua triste e velha sina Bêbado, agarrado, desgraçado, meliante Miserável, aldrabão e carrancudo! Coitado do zé Já ouviu de tudo! Zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Está tudo bem É só um zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Está tudo bem É só um zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Está tudo bem É só um zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Está tudo bem É só um zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Está tudo bem É só um zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Está tudo bem É só um zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém Zé ninguém