O vento cortou a alma, espalhou segredos Fez pedaços de um tempo tornando assim tão cedo Pra um viver sozinho na saudade que me bate Nos seus olhos verdes nas horas do mate Rastros de tantas estradas Milonga, milonga parceira das horas Sombra na noite calada, milonga, milonga Dos sonhos afora Ah! Cavalo sem rumo Galopa no fundo da solidão Ah! Esporas ao vento Que domam o tempo e o coração A sala, a varanda, a casa está tão vazia As frestas da janela, tanto faz ser noite ou dia Se a loucura dessa ausência sobraram retalhos Que o tempo fio da paixão, procurou atalhos