Ah, bem melhor seria poder viver em paz Sem ter que sofrer Vivemos do ódio, não ligamos mais pra nada Morte aos inimigos, nossa alma tá lavada Se passar da linha, eu juro, nem Jesus salva Aqui nós troca bala e dá troco na porrada Amo todos meus guerreiros, sem medo da farda Cortando os nossos, vivemos pela espada Paredão batendo, tem de sobra, bunda e arma Quem vive na margem não se afoga nessa água Não escolhi meu sobrenome, me chame no vulgo Nóis que tá na pista, tá de bicho, tá de puto A prata pesada e Puma no meu conjunto Se não é selvagem, não faz parte do meu culto Isso é sobre carinho, afeto, crença ou a falta disso tudo É sobre todos que viveram sozinhos E quando foram amados não sabiam o que fazer Onde sua religião estava na escravidão? Sou artesão do meu próprio caminho Vítima da falta de abraço do mundo Ah, bem melhor seria poder viver em paz Sem ter que sofrer Sem tem que chorar Sem ter Síndrome de Estocolmo pela violência Moro no sorrisos da incerteza Esses olhos não enxergam com clareza Vítima da minha grandeza Abri minha própria empresa, latifundiário Comprando terrenos nas cabeças que me odeiam Eu escolho quem senta na mesa Dividindo o pão e todo mal que me rodeia Sem padrão de beleza Minha cidade tem meu rosto, minha pele O ódio é o próprio espelho, é fictício Morremos pelos nossos, como cosplay de Cristo Nessas ruas a inveja é o pior vício Pólvora nas esquinas, pensamento de presa Existe um motivo pro mar vir depois da areia Ninguém entra nessa festa, ela já tá cheia Notas de 100 nos pés dessa gostosa, novo tipo de sereia Alguns caras com medo, com a mão cheia Quem tem o futuro agredido não tem medo de cadeia Minha pele é diferente, ela não é feia Se ama minha cultura, por que me odeia? Ah, bem melhor seria poder viver em paz Sem ter que sofrer Sem tem que chorar Sem ter