Queria ser capitão Das milícias do sertão Pra te ter sem despedida Maria Bonita, Sou teu Lampião Ou quem sabe um escritor De contos do interior Por ser pastor que se valha Tu minha Marília, eu Tomás Gonzaga Quem sabe um bom capoeira De dar rasteira em feitor Sem grilhão acorrentado Sem bruto labor Pra ser só do teu encanto Servir quem me libertou Eu vou ser compositor De uma Loa de valor Pra declamar no salão Tu és a canção, eu sou teu cantor Ou até imperador Governar com o coração Fazer vale nova lei Riso dia sim, choro dia não Talvez seja um guerrilheiro Lute na revolução Veja a morte bem de perto Chore de aflição E a cabe a guerra e o medo E eu volte pra casa são Queria ser artesão Pra forjar com perfeição A fina flor mais bonita Luz da minha vida em pedra sabão Ou até agricultor Pra te dar da plantação O que for mais doce e puro Minha sinhazinha, logo de manhã Mas sou só um viajante Dos pés exaustos de dor De destino itinerante Onde o Sol se por Querendo voltar pra casa E casar com meu amor