Teus dedos percorrem meu corpo Os olhos se fecham serenos O som reverbera na mata Retrata meu mundo pequeno Meu sopro é o silvo dos dias É o espírito de um ancião É o cerne do velho gaiteiro Embalando a multidão Eu sou a cordeona animada O sentimento choroso Eu sou a carícia dos dedos Abraço do generoso Eu sou quem anima as bailantas E bebe o suor deste peito O enamorado da noite Quem conversa bem a seu jeito Eu sou a ressonância das horas Que passam numa cantilena Eu sou quem represa saudades Daquele arrastar de chilenas