Bicho do mato, selvagem, matuto! Das ervas e dos pinheirais Inocente, animal, ignorante! Na pobreza encontrou paz Mestiço, ingênuo, ouriço! Calejado na mão, e no coração Sertanejo, Jagunço de vilarejo! Colheu fel, mas plantou comunhão Não sou oco, sou cabôclo Vive a minha memória De tudo um pouco, sou cabôclo Cê cala a boca e conheça a história! Pelados, Santos, Cercados! Nas graças de um monge José Fanáticos, rebeldes, místicos! Justiça com sangue montada na fé Salteador, nativo, morador! Porque nóis não é oropeu Guerreros, heróis, brasileiros! Respeita o que sempre será meu! Não sou oco, sou cabôclo Vive a minha memória De tudo um pouco, sou cabôclo Cê cala a boca e conheça a história!