Mundão cabuloso Onde o mal deságua De lá da nascente Governo corrupto Fazendo de escada Sugando minha gente E eu sem fazer nada Na linha de frente Na mira da bala Pra que lado que vai essa fita Outro mês desastroso Primavera sangrenta Sem boi meu parceiro A guerra infinita Dinheiro pra quem tá Disputando essa ponta Todos engravatados Soa repetitivo Eles têm seus blindados Nós que levamos tiro Sem dinheiro na conta A bala tá perdida até ser encontrada No corpo de alguém Salários atrasados A miséria me assombra Torço pra que meus manos que curtem Escolham o caminho do bem Se possível estudados Pra saber ser do contra Vários menor sem noção Mas tem muitos ligeiros A mãe pede proteção Eles querem dinheiro Motoca, boné, blusão Um but bem maneiro E não culpa os moleque não Culpa quem pôs o preço Passou na televisão Pra todos endereços Suas teses de inclusão Não funcionam nos guetos Se é pro jogo ficar de igual Vem com nossos direitos E pra que perguntar depois Se atiraram primeiro Homem cavernoso Dentro de uma sala Por trás de um mandato Despachando corpos Junto as papeladas Comprando seus votos Promessas furadas Alguns têm devotos Outros, a bancada Nessa história onde só pobre chora Sem misericórdia Nos prendem em jaulas Costumeiro aspecto Vem das escolas De várias quebradas Vê no retrospecto Quantos se formam Faculdade nada E tem quem defenda Um sistema fascista Que culpa a massa Que vive na degola Saúde é o básico E nem isso tem Governantes safados Que ninguém confronta Sempre com bolso cheio Tira na caruda de quem já não tem Somos executados Por soldados das sombras Vários menor sem noção Mas tem muitos ligeiros A mãe pede proteção Eles querem dinheiro Motoca, boné, blusão Um but bem maneiro E não culpa os moleque não Culpa quem pôs o preço Passou na televisão Pra todos endereços Suas teses de inclusão Não funcionam nos guetos Se é pro jogo ficar de igual Vem com nossos direitos Onde quem vacila já foi Métodos corriqueiros Poder sem visão de justiça O lema é que chore a mãe deles primeiro