Perdida toda noite, lounge, pontos, na balada Brisa, ao som de one way, wisky, choros Vodka sinistra, andar de bar em bar Um beijo louco no cachimbo podre, já foi desejada Agora mata pra viver horrores, no fio da espada Carne, sangue, com os dentes podres Já foi a mais beijada, agora fode por viver amores Vida destruída, agora fase fraca, decadente Teve roupas caras, joias raras, vida reluzente Carro, moto, jet, clive christian era seu destino O frio, lágrimas, conflitos, trilha seu destino Deitada ao relento, com ferida, o batom manchado A fumaça liga e despeja vida pelo ralo, tipo foi querida Agora mescla pedra e pó no prato, mundo mais cruel Revolta trás de volta o passado, na passarela a dama Bela e sinistra arrasta, conhaque é mais old Tudo certo, massa, bora, vaza Segura nas minhas mãos, te tiro dessa brisa e cuido de você Corre contra o tempo e afunda tipo a passos largos A prova está viva, a carcaça caleja o atraso Corre da sirene, leva tapa, levanta as pressa O olhos não escondem que é presa perdida na selva Oh cidade grande, traços finos, concreto extenso Fez da dama linda, a bandida escrava do tempo Travou sua infâcia, viajou no que passou na tela Fez de seu castelo, o barraco escuro na treva Agora choro, o seu pulsar, o grito agoniante firma A brisa passa, só lembrança da noite maldita Rasga o flyer da festa, e planeja o próximo baile Sol vem com ressaca, mas depois o caldo faz massagem Não lembra seu nome, muito louca, pro lobo cretina Fez de tudo um pouco, agradou, mal afamada trilha Pode crer que tudo passa, a dama mais sinistra arrasta Conhaque é mais old, tudo certo, massa, bóra, vaza Segura nas minhas mãos, te tiro dessa brisa e cuido de você Os olhos fechados refletem o passado Um rosto enrugado apresenta a tristeza e cansaço Doenças várias dores do corpo um leito com cheiro de fezes Urinas e mofo não lembra o passado formoso Sorriso e flash baladas e back's, shopping e cash Cartões e cheques uma vida rica, desde a infância castelo da barbie Viagens, disney, fim de semana glamour! Roupas de marca, escola particular num piso de mármore Da vinci e galois mas o pai onde tá? A mãe onde tá? Criada por programas de TV e por babás ironia! Babá cria a filha do rico, na perifa, quem cuida de seus próprios filhos? Talvez por isso, é talvez a patricinha mimadinha Siga suas próprias leis aos dezesseis, gravidez Primeiro aborto mas não é apenas um feto que surge Em teu corpo sente dor ao urinar sem um pai pra conversar Sente vergonha de falar com a mesma babá que lhe foi mãe de leite Troca fraldas a mesma chamada de suja e negra ladra quando trocou a joia de debutante por gramas de maconha na escola Com um boy traficante nada é como antes No leito do hospital sente o féu queria o café com o pai Mas lhe resta um coquetel com quase trinta Aparenta o dobro pele queimada, descabelada Na veia um soro que alimenta Já faz uns dias enquanto enfrenta imune Deficiência adquirida de victória, filha rica? Nem a aparência a victória enfrenta a derrota Na crise de abstinência nessas horas Nem dinheiro compra a solução fecha os olhos e se arrepende Enquanto doente sente o último pulsar do coração