Querida, não faça conta Desse meu simples versinho Mas preste bem atenção No soluçar do meu pinho Esclarece o meu sofrer Sem amor e sem carinho Como pássaro na gaiola Que cantando não se consola Saudade do vosso ninho A beleza e a formosura É o seu viver consciente Tudo isso a terra come Se consome de repente Mas meus versos sempre fica No coração desta gente Enquanto este velho mundo Continuando ser mundo E na Terra existir vivente Enquanto você adverte São horas que vai passando São dias que vai correndo E anos que vai ficando E a vida continua Depressa se aproximando Com a idade já avançada E as faces enrugada Eu hei de te ver chorando Penteando os cabelos branco Como a herança da vaidade Há de relembrar o tempo No livro da mocidade Relendo os versos de um poeta Que escreveu com vontade De amar e ser amado Mas porém foi desprezado E hoje chora de saudade