Numa triste manhã de agosto
Acordei com saudade de arquém
Da janela ouvi os canarinho
Seu cantar era triste também
Quem me dera estar em outras terra
No horizonte daqui muito além
A saudade cruel alucina
Formosa menina que eu quero bem
Lá na praça onde nóis passamo
Os mais doces momentos da vida
Vi seu nome gravado em um tronco
E a data da sua partida
Recordei com tristeza o instante
Que de mim despediu comovida
Só deixando comigo a saudade
A felicidade jamais esqueci
Bem distante de mim sei que vive
Definhando de tanto chorar
Mas meu peito que vale tá perto
Eu não posso nem mesmo te olhar
Te levaram pra longe de mim
Para o nosso amor terminar
Mas enquanto vida eu tiver
Uma outra mulher eu não hei de amar
Certamente, meu Deus, eu mereço
Tudo isso que eu já sofri
Mas um dia quarqué, meu benzinho
Por acaso passar por aqui
Quase louco de tanta saudade
Vou te ver e fazer que eu não vi
Mas não chore porém de tristeza
Pois tenha certeza que eu morro por ti
