Quem vive a custa dos outros É igual uma parasita O rádio fala bastante Transmite o que os outros dita Ferreiro bate a bigorna E a araponga imita A coisa que a gente gosta É o que acha mais bonito Todos os baraio tem rei Tem o conde e tem a dama Todo rádio tem artista Todos os filme tem programa Todos artista de circo O paiaço tem mais fama Não tem ferro sem ferruge Não tem brejo sem ter lama Pau grande o tombo é bonito Piucá não dá cavaco Quem fala da vida alheia É porque tem o juízo fraco Tatu de tanto fuçá Vive sempre no buraco Casa véia é tapera E pedaço de teia é caco A cebola tem cabeça Usa trança e não penteia Todas as flor tem seu mel Mas quem chupa é as abeia Quando Caim matou Abel Não existia cadeia Violeirada afirma o pé Do couro sai as correia Todo violeiro papudo Leva o nome de garganta Quem faz força é guindaste Quem puxa peso é jamanta Naquela mata soturna Onde Quem é bão já nasce feito Fazê força não adianta