Sou naturar lá de fora ai ai minero de piranguçu Mi criei lá em uberaba na terra do boi zebu Eu bem podia ser rico mais a sorte negou brucutu Eu sai pro mundo a fora com a roupa no meu baú É coisa que eu não me ajeito é dá murro no guatambú Vim mi embora pra são paulo ai ai morá na zona de jaú Ajustei com um fazendero que no cofre era o tutú Ganhando vintão por dia eu quis defender o pirú Ajeitei bem a enxadinha num bom cabo de bambú Dei murro um quarto de hora eu estranhei o marvado bauru Vou me empregar num frigurifico aiai nem que for pra espantá urubu Se não eu viro pirangueiro vou comprar um anzól de tambiú Que coisa melhor náo precisa de comer peixe frito e angú Eu bem podia plantá milho se não fosse o marvado tatú E os cachorro do mato não deixa aumentá criação de premú Eu vou virá curadô ai ai vo largá mão de ser gabirú Vou arranjá uma patrona bornazinho só de couro crú Vou saí pro mundo a fora apianá como um pobre jururú Depois eu não sou muito feio eu entrando no meu gazú As vezes eu posso arranjá uma caboclinha dos zóio azú