Da fazenda dos junqueiras Arrecebi um chamado Saí de novo horizonte O dia estava nublado Fui eu e o zico pedroso Nós saímos apareiado Pra ir buscar um boi selvagem Naquele campo cerrado Por ter matado dois peão O tal boi era afamado, ai Quando eu vi o boi criminoso Na saída de um capão Eu arrodiei o meu laço Em cima do alazão Lacei o boi pelo pescoço O bicho deu um chasqueão Eu caí do meu cavalo Rolemos os dois pelo chão Pedroso vendo o perigo Pulou no boi com as mãos, ai Nós passemos apurados Pra amarrar o pantaneiro Na chegada da fazenda O bicho fez um berreiro O boi vinha tão raivoso Morreu ao entrar no mangueiro Do couro eu trancei um laço Presente do fazendeiro Distância de oito braças Pra laçar ficou maneiro, ai O laço do boi selvagem Foi um serviço bem valioso Mas num dia de rodeio Houve um fato desastroso Lacei um boi na carreira O bicho vinha furioso No passar rente a porteira O laço pegou pedroso Quando alembro deste fato Chego a chorar de nervoso, ai Lembro dos dois tão unidos Meu coração estremeceu Eu corri salvar o amigo Que muita vez me valeu O boi eu matei a tiro Clamando o destino meu Mas nada disso adiantou Pedroso nem se mexeu O couro do pantaneiro Mais um crime cometeu, ai