Cartório da minha terra não faz divórcio Casamento duas vez ai, ninguém tem gosto Porque a vergonha do homem da minha terra É igual uma brasa viva que queima o rosto Se um homem é traído na minha terra Mulher não vive com outro, pelo contrário A bala do trinta e oito faz o desquite Depois o cartório o inventário Eu também sou assim Eu também sou de lá Minha cama é de casal Nela outro homem não vai deitá O homem da minha terra não é covarde Ele morre, mas ele sustenta o que ele fala Se a muié trai o marido o tempo esquenta O sangue ferve na veia e sobe bala E quando o sujeito bebe é porque gosta Não é pra esquecê desprezo nem traição Não é preciso bebida pra curar mágoa Lá na minha terra não tem perdão Eu também sou assim Eu também sou de lá Minha cama é eu quem deito E pra outro homem não tem lugá