São Paulo é uma roseira E a raiz está no interior Se essa raiz secar Roseira não dá mais flor Eu não sei o que é que tem essas moças que são fia de fazendeiro Me perguntam se eu num vou casar tão incomodada por me ver sortero A minha natureza não dá pra deixar de ser livre virá prisioneiro Mas se for um amor do meu gosto não faz mar que eu perca a liberdade Sujeito por vós entro no cativeiro Tenho sido rapaz de gosto a minha fama corre por eu ser violeiro Nas festança que fazem pros sítio arrecebo o convite que mada o festeiro Na hora da minha chegada o pessoal que ali está tudo eu deixo banzero Os casado olha de lado e já manda as muié pra cozinha inté as galinha desce do puleiro Eu fui numa festa de São João foi uma rica festa que até me escrevero Arranjei lá uma namorada nascida em São Paulo seus pais são mineiro Na hora que tocou a quadrilha contente eu fui pra ser um cavaiero Quando eu ia fazer o tur, a morena negava o corpinho e virava na sala iguar um rodeio Eu virei e disse pra ela: Teu pai vai pensar que eu sou interessero Ele sabe que eu sou rapaz pobre quer que você case com quem tem dinheiro Onde vai eu vô bataiá nem que eu viva no mundo iguar um guerreiro Onde canta o galo índio, vancêis pode inté aquerditá que o carijó desocupa o terreiro