tu que acreditas que a bruma vai rasgar-se em dia aberto tu que acreditas que o vento vai quebrar-se em mar de calma porque te ficas sentado à janela da quimera porque não vens para a rua provocar a primavera vem vem desenhar o futuro na morte deste presente vem vem mostrar a madrugada e vem dá-la a toda a gente tu que adivinhas que as nuvens vão desfazer-se em azul tu que adivinhas que a noite vai resolver-se em luar porque te deixas dormir na cama da tradição porque não fazes do sonho o grito duma canção vem vem transformar o amor até hoje inexistente vem vem construir a cidade e vem dá-la a toda a gente.