Teus desejos são tão sóbrios, frios Nessa noite vou me embriagar com verdades Sinto a maresia invadir a janela dos meus olhos Negros 2 telas onde velas navegam na margem de Creta Jogo minha fé nessas cordas de nylon Os acordes "bailão" ao ressuscitar do eu poético No deserto de valores sem créditos, sorrisos sintéticos À falta de sentimento na fachada dos prédios Me concentro nas memórias voo sobre A luz do porte destacada nessa chuva fina O meu chão inclina essa dor é um inquilina Se apagam as lamparinas e fecham-se as cortinas Almas entram em pânico distorcida realidade Britão a felicidade e a injetam no seu crânio Esquadros, escalímetros, compassos esmago projetos Na A4 monotonia abraço de titânio Em passos largos na calçada me questiono o tempo voa Em passos largos na calçada me questiono o tempo voa A cada oito horas: Amoxilina Um amor que sumira No próximo versículo um Paradoxo de Epícuro A união das sílabas, separação dos discípulos Uma garrafa em cima da mesa, gira Cada polo, um destino Consequência ou verdade O calor queima os detalhes, a dor desenha os desastres No Labirinto do Fauno A terapia da palma da mão e os malefícios do óculos Nas travessias das águas dos olhos onde os álamos brotam Me jogo às ruas na postura de Cristo Transformando água em vinho, bebendo com as putas e os filhos Tu existe em mim. Amorfa e tíbia, grossa e cínica De boca suja, mas de cara limpa Ensebada de Nívea 24 anos e essa cara de ninfa A doçura cítrica da tua vulva. Híbrida! Nos pelos dessa buceta, meu universo negro Minhas bolas na área como se tivesse o Crespo É o frio de córdoba O covil das córneas O teu mundo caindo igual o Brasil na copa