Victor Xamã

Desastre

Victor Xamã


Eu não sei me acostumei assim  
Confiar demais, desastre 
Eu não sei me acostumei assim  
Confiar demais, desastre 

Essas amarras me levaram a lugar nenhum, primo 
Os momentos ruins mostram minha habilidade quase sobrenatural de reverter o quadro 

(Oh céus)

Me livrei do desgaste
Joguei meu coração na mesa pensa tenso eu não tiro cartas
Da minha mãe eu não herdei a clarividência 
Toda previsão que eu tento o futuro falha 

Papel 
Rabisquei um bocado 
Passou batido alguns detalhes, previsões erradas Pego o incômodo dentro do cômodo no canto do quarto 
Faço malabares com a caneta e um cigarro retalho 

(Oh no)

Eu não sei me acostumei assim  
Confiar demais, desastre 
Eu não sei me acostumei assim  
Confiar demais, desastre 

Eu me dei conta 
Que teus propósitos estão idênticos as propagandas
Enlouqueço nos fins de semana 
Equilibrando porcelanas 
Calculando porcentagens. Eu fiz mágica ou grana?

Não estou em desvantagem 
Rap na minha cidade não é desemprego, pasmem 
Olha bem o que fiz, primo, cala boca paga-me 
Eu não quero ajuda, porra, eu só quero o mic 

Eu não sei 
Ta pra nascer alguém 
Que aguenta a queda livre 
Sem desculpa esfarrapada 

Se eu abdicar de tudo pra te ver feliz 
Isso comigo é desamor e não alivia a culpa em nada 
Se eu me desdobrar chega bem perto do limite 
Isso comigo é desamor e não alivia o gosto amargo 

Eu não sei me acostumei assim  
Confiar demais, desastre 
Eu não sei…