Sertão bonito sertão arretado Aaaai Irece que saudade d’ocê No meio do Xique Xique , Xique Xique to aí As margens do São Francisco que voinho Me levou na lagoa de Itaparica pilão arcado sim senhor tem morada tem amor Onde eu encontrei preta Joana Nordestina arretada com Santa na cintura Uma peixeira na capanga uma alfange na outra ,confiante e sem medo degolou e matou a paulada uma valente onça pintada, deitada sobre as sombras de um ingazeiro ,contou que tinha encontrado num pé de umbuzeiro um saco de dinheiro e um saco de juá para quando chegar chegar fevereiro nego eu levar pra capitá Aí foi onde eu encontrei o amor Com preta Joana estou ,que laça Que prende que enfeitiça qualquer cabra Valente com seu chapéu com seu tridente já deu tapa em muita gente eu me pergunto a perguntar se casei com Maria bonita ou Lampião a rainha do cangaço chamado meu coração Num pe de Juazeiro vou me descansar Ver a água do sertão a chuva jorrar A riqueza do matuto é ver o céu chorar fechar os olhos e agradecer minha prece a São José eu vou fazer Meu milho meu feijão eu vou plantar Lá no meu São João eu colher É forro a noite inteira só pra eu e vc Um xote de Alceu eu vou cantar Levantar poeira ao som do baião salve meu eterno Gonzagao E um cordel cantado desse poeta cantor encabulado cordelista Iluminado por Deus sou abençoado no meu sertão sou eternamente apaixonado rezo e oro pelos meus .