Victor e Leo

Vide, Vida Marvada

Victor e Leo


Corre um boato aqui donde eu moro
Que as mágoas que eu choro são mar ponteadas
Que no capim mascado do meu boi
A baba sempre foi santa e purificada

Diz que eu rumino desde menininho
Fraco e mirradinho, a ração da estrada
Vou mastigando o mundo e ruminando
E assim vou tocando essa vida marvada

É que a viola fala alto no meu peito, mano
E toda moda é um remédio pros meus desenganos
É que a viola fala alto no meu peito, mano
E toda mágoa é um mistério fora desses planos

Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa, pra uma visitinha
Que no verso e no reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê

Tem um ditado dito como certo
Que cavalo esperto não espanta a boiada
E quem refuga o mundo resmungando
Passará berrando, essa vida marvada

Compadre meu que envelheceu cantando
Diz que ruminando dá pra ser feliz
Por isso, eu vagueio ponteando
E assim procurando a minha flor-de-liz

É que a viola fala alto no meu peito, mano
E toda moda é um remédio pros meus desenganos
É que a viola fala alto no meu peito, mano
E toda mágoa é um mistério fora desses planos

Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa, pra uma visitinha
Que no verso e no reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê

Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê

É que a viola fala alto no meu peito, mano
E toda moda é um remédio pros meus desenganos
É que a viola fala alto no meu peito, mano
E toda mágoa é um mistério fora desses planos

Pra todo aquele que só fala que eu não sei viver
Chega lá em casa, pra uma visitinha
Que no verso e no reverso da vida inteirinha
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê

Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê
Há de encontrar-me num cateretê