Tempestade, calmaria, o oposto do contrário Tudo na mesma rotina envolvendo os seus laços Entre o céu e a terra, esse abismo submundo Quais segredos são guardados no infinito absurdo Vejo traços de virtudes da criança na calçada Feito homens de concreto nesse frio da madrugada O horizonte bicolor traz o bom e o que é ruim em crateras obscuras quero o que serve pra mim Num olhar vejo a esperança, em outro a discrença Prolifera a vaidade como sangue em nossas veias Sufocam nossos risos entre alegria e dor Paisagem em quadros vivos que artista não pintou Na escola dessa vida fiz questão de aprender O que não faz bem pra mim pode fazer a você Escorre em desatino, cores, sombras em neblina Distorcem sentimentos, o castelo em ruínas Manipulam nosso instinto, como fantoches humanos Dia e noite sem parar jogo só em prol dos meus planos Mil pedaços eu me faço, me desmonto sem parar Quebra cabeça do meu eu, pra depois me rejuntar