Miscigenação Cores unidas pela fé Cores unidas pela emoção Miscigenação Cores unidas pela fé cores unidas pela emoção Índios brancos e negros Todos filhos de deus O vermelho do meu sangue é igual ao seu Atirados em favelas Lindas paisagens de cima do morro Verdadeiro sufoco tudo é muito pouco Muito pouco prá não ser Uma criança inocente sem lazer Sem destino sem certeza Se menino vai crescer Sem objetivo de viver Dias de paz Dias cruéis de cruz Dias de paz Dias cruéis sem luz No fim o sol nasce de repente Por trás dos barracos envolvendo A distribuíção mal sucedida da sociedade Olhando de cima a hipocrisia da cidade Carros numerados sobem o morro Soldados armados e seus cachorros Que farejam mais um trabalhador Que de tanta tristeza sente dor de ter De ter nascido em custódia diária Dias de paz Dias cruéis de cruz Dias de paz Dias cruéis sem luz