Rosto apagado Identidade falsa Não há registros que contém detalhes de quem ele é. Sem roupas Não tem digitais Apenas um fantasma que não descansa em paz Quem seria ele? Quem será? Alguém que não existe procurando o seu lugar Apague as memórias, esqueça o que viveu Não há motivos pra mostrar o quanto sofreu Só diga que agora irá sumir Correr atrás do que perdeu lá no fim Não há sossego, apenas desespero Em flutuar e não permanecer no lugar Ninguém lhe ouve, ninguém lhe vê Que está implorando pra viver À noite não é possível dormir Com o silêncio que corrói por dentro sem fim E o choro não quer acabar A angústia toma conta e não quer parar. E a ferida de cada lugar Só sabe crescer e arder e não sarar