Eu que sou o mais triste dos palhaços Polichinelo expulso de um bazar Amo a suave carícia dos teus braços E sou feliz ouvindo-te cantar Porque na mesma voz com que me feres Gorjeiam sabiás e rouxinóis E é apenas tu que eu amo entre as mulheres Trouxeste para mim milhões de sóis Beija-me Dá-me calor dos beijos teus Guia-me És tu a luz dos olhos meus Ama-me, por um instante com calor Eu quero ser por um momento O mandarim do teu amor Tu és a flor fidalga do meu sonho Dileta, misteriosa inspiração Nos versos amorosos que componho Com frases que me saem do coração Eu sou a sombra errante da saudade Palhaço, menestrel e sonhador Acorrentado à tua mocidade Escravo dos teus olhos meu amor